Ônibus de acidente com sete mortos na BR-135 fazia viagem clandestina; vítimas estavam sem cinto de segurança

A Polícia Civil do Piauí investiga o trágico acidente que deixou sete mortos e 19 feridos na BR-135 no município de Corrente após um ônibus que ia de Tianguá, no Ceará, para São Paulo tombar e sair da pista.

De acordo com o delegado Diogo Nunes, que investiga o caso, o ônibus não tinha autorização para viagens interestaduais, portanto, fazia uma viagem clandestina. Ainda não há a confirmação se o veículo tinha autorização para excursões.

“Não era um ônibus regular de linha, eles estavam tirando passagem dos passageiros, né, que a gente já tem algumas passagens. E o que a gente quer ver é se eles têm autorização para excursão, para fazer esse tipo de viagem, excursão do Ceará para São Paulo. É uma viagem ilegal, clandestina, para levar passageiros. É clandestino sim porque não tem autorização para fazer viagem transportando passageiros para São Paulo. A gente quer ver se é fretamento forçado de passagem”, explicou ao Cidadeverde.com.

A Polícia Civil já identificou as sete vítimas fatais. Foram duas mulheres e cinco homens, com idades que variam de 25 a 63 anos. Veja a lista das pessoas que faleceram no acidente:

O delegado que está investigando o caso disse que as vítimas que vieram a óbito estavam sem cinto de segurança. Ele reforçou a necessidade do uso do equipamento de proteção, sobretudo em viagens mais distantes.

“A Polícia Rodoviária Federal sempre pede que se use cinto de segurança, principalmente nessas viagens longas, como era o caso do Ceará para São Paulo, e como a gente viu nesse acidente, a maioria dos óbitos foi exatamente porque as vítimas não estavam usando cinto, e já as outras pessoas que não tiveram lesões ou lesões leves, estavam com cinto no momento do acidente”, explicou.

Pelo menos outros 19 passageiros tiveram ferimentos e foram atendidos nos Hospitais de Corrente, de Bom Jesus e de Floriano. No Hospital de Bom Jesus, uma vítima foi atendida com fratura de punho. Os hospitais de Corrente e Tibério Nunes, em Floriano, não informaram sobre as vítimas.

O motorista que conduzia o veículo no momento do acidente foi ouvido pela polícia e disse que uma peça da barra de direção do ônibus quebrou. Segundo o delegado, no entanto, outras hipóteses não são descartadas, como eventual cochilo ou reação tardia a outra situação.

“O motorista que escapou, ele falou que o acidente foi causado por falha mecânica, dizendo que houve um barulho e quebrou alguma peça da barra de direção, e a gente está investigando para ver se foi falha mecânica ou falha humana no motorista, se ele cochilou, ou então ele teve reação tardia a algum tipo de evento no ônibus”, pontuou.

FONTE: cidade verde