Fiéis e autoridades lotam Praça de São Pedro para funeral do Papa Francisco
A Praça de São Pedro, no Vaticano, amanheceu com a presença de cerca de 200 mil pessoas, neste sábado (26) para o funeral do Papa Francisco. Muitas pessoas chegaram a dormir no local a fim de garantir um lugar especial para dar o último adeus ao pontífice.
O rito é comandado pelo decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re. Além dos fiéis, cardeais, representantes da realeza e chefes de Estado acompanham a cerimônia, incluindo os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT); dos Estados Unidos, Donald Trump; da França, Emmanuel Macron, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O príncipe William representa a Família Real britânica.
Jorge Mario Bergoglio morreu na última segunda-feira (21), aos 88 anos, um dia após celebrar a missa de Páscoa. O pontífice, que vinha se recuperando de um quadro de pneumonia bilateral, sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) seguido de insuficiência cardíaca. Seu corpo foi velado por três dias na Basílica de São Pedro.
Após a missa fúnebre, o caixão de Francisco será levado para o interior da Basílica de São Pedro, de onde seguirá em procissão para a Basílica de Santa Maria Maggiore. Segundo a Santa Sé, um grupo de pobres e necessitados estará presente nos degraus da igreja para prestar a última homenagem ao pontífice, antes da sepultura do caixão.
O enterro será feito num túmulo simples, sem decoração especial, conforme orientações deixadas pelo papa em seu testamento. Na lápide, haverá uma única inscrição: Franciscus.
Conclave
Com a morte de Francisco, a Igreja Católica fica em estado de “sede vacante”. Até que seja conhecido o nome do futuro papa, a direção da Santa Sé fica sob a responsabilidade do Colégio Cardinalício, composto atualmente por 252 cardeais. Destes, 135 participarão do conclave para escolher o novo líder da igreja. A eleição deve ocorrer de 15 a 20 dias após a vacância da Sé Apostólica.
O papa só é eleito com uma maioria de dois terços dos votos. No Dia 1, apenas uma rodada de votação é realizada; depois disso, os cardeais votam duas vezes pela manhã e duas à tarde, até obterem um vencedor. Se após 24 votações os cardeais não chegarem a um acordo, eles podem decidir por maioria absoluta como proceder. O papa pode, então, ser eleito por maioria simples.
Fonte: Cidade Verde.