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Policial federal preso na Operação Contragolpe repassou informações sobre segurança de Lula, diz PF

A Polícia Federal afirma, em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o agente da corporação Wladimir Soares repassou em 2022, a militares próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), informações sobre a estrutura de segurança do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Para os investigadores, as informações fornecidas poderiam de alguma forma subsidiar eventuais ações do grupo preso nesta terça-feira (19) contra a vida do petista, caso Bolsonaro assinasse um decreto com o objetivo de deflagar um golpe de Estado.

Wladimir Soares foi um dos presos nesta terça. A GloboNews apurou que ele atuou na segurança de um hotel em Brasília em que Lula realizava reuniões políticas no período da transição governamental, nos meses de novembro e dezembro de 2022.

O policial foi afastado dessa função após ser flagrado no acampamento golpista montado em frente ao QG do Exército em Brasília.

Segundo a PF, esse repasse de informações sobre a segurança de Lula é um dos elementos que indicam a adesão de Wladimir Soares ao suposto plano golpista.

“O investigado [o agente da PF Wladimir Soares] aproveitando-se das atribuições inerentes o seu cargo no período entre a diplomação e posse do governo eleito, repassou informações relacionadas a estrutura de segurança do presidente Lula para pessoas próximas ao então presidente Jair Bolsonaro aderindo de forma direta ao intento golpista”, diz o relatório da PF.

O ministro Alexandre de Moraes autorizou nesta terça-feira uma operação para prender o policial federal Wladimir Soares e quatro militares do Exército, suspeitos de planejar um golpe de Estado, com a execução de autoridades.

Reprodução: g1globo

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