Piauiense que vive em Israel relata rotina após conflito com Irã: ‘bombardeados 3 a 4 vezes por dia’

O designer de moda piauiense Brito Silva, que vive há oito anos em Israel, compartilhou sua experiência de vida no país em meio aos conflitos recentes com o Irã. Ele decidiu se mudar para Israel após se converter ao judaísmo, e hoje mora na cidade de Bat Yam, localizada ao lado de Tel Aviv.
“Foi o lugar que eu escolhi, o povo que eu escolhi, a religião que eu escolhi. Esse povo é um povo muito abençoado, muito maravilhoso, um povo que ama a paz, ama a vida”, afirmou Brito Silva durante entrevista à TV Cidade Verde.
Desde que o conflito se intensificou, Brito relata que a população precisa estar em constante estado de alerta. “Essa situação tem trazido uma série de problemas para a população, porque o Irã ataca a população, os civis, e nós estamos diretamente afetados com isso. Estamos sendo bombardeados três a quatro vezes por dia, durante a noite”, disse.
Ele explica que quando a população ouve as explosões, têm que se direcionar imediatamente para abrigos.
“Em primeiro lugar nós recebemos um alerta no celular. Logo em seguida, as sirenes tocam e nós temos que procurar o abrigo mais próximo. E, dentro do abrigo, nós temos que esperar mais ou menos 10 minutos. Do abrigo a gente consegue ouvir as explosões. Geralmente os mísseis estão sendo abatidos no ar pelo sistema de defesa de Israel, mas e infelizmente nesses últimos ataques estão caindo mísseis nas ruas, nas casas”, contou.
Segundo o piauiense, Israel é um país preparado para esse tipo de conflito, com abrigos espalhados em escolas, prédios e pontos de ônibus. “Existem abrigos em todos os lugares, em todos os pontos. No meu prédio há um abrigo no subsolo. Quando a sirene toca, descemos pelas escadas, é proibido usar o elevador. Não há muito tempo. Às vezes, você tem 30 segundos, 1 minuto para poder se proteger”, explicou.
Mesmo com os ataques diários, ele diz que não pensa em deixar Israel. “Nós temos muitos inimigos que procuram nossa destruição, mas nós temos o nosso exército, nós temos o nosso Deus que está sempre ao nosso lado e essa foi a minha decisão, de seguir nessa terra e seguir essa religião”, conclui.
Fonte: Cidade Verde