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Doença do calazar em humanos já faz quatro vítimas fatais no Piauí em 2025; primeiro semestre já foram confirmados 99 casos

Os casos de leishmaniose no Piauí seguem em crescimento em 2025. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), até o primeiro semestre deste ano, o estado já confirmou 99 casos da doença, com quatro mortes registradas em diferentes municípios. A mais recente morte associada à doença é a do chef de cozinha José Micael Morais Sampaio, de 30 anos, que faleceu na terça-feira (5), com suspeita de leishmaniose visceral, conhecida popularmente como calazar, a Secretaria informou que ainda não foi notificada sobre o caso.

Os números deste ano já se aproximam da metade do total de casos confirmados em todo o ano anterior. Em 2024, foram registrados 127 casos da doença, sendo 41 apenas em Teresina. Neste ano, até junho, a capital contabilizou 35 casos confirmados, seguida por Parnaíba e Miguel Alves, com cinco registros cada.

Com relação aos óbitos, quatro óbitos foram confirmados em cidades diferentes, enquanto no ano passado foram 15 mortes, distribuídas entre municípios como Teresina, Cocal, União, Pedro II e Parnaíba. A capital, Teresina, aparece com o maior número de casos confirmados de leishmaniose no Piauí em 2025, com 35 registros até o primeiro semestre. Em 2024, o total foi de 41 ocorrências na cidade, o que indica que a capital pode ultrapassar esse número nos próximos meses, caso a tendência de crescimento se mantenha.

 - ( Reprodução / Instagram)
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Chef de cozinha morre com suspeita de leishRovena Rosa/Agência Brasimaniose em Teresina

Natural de Fortaleza, José Micael Morais Sampaio, o chef atuava há anos em Teresina e foi destaque em eventos gastronômicos como o Festival da Maria Isabel. Ele também prestava consultoria em cidades como Oeiras e mantinha projetos em outros estados, como Ceará, Maranhão, São Paulo e Paraíba. Apesar da suspeita de calazar, a Sesapi informou que ainda não recebeu notificação sobre o caso.

O que é a Leishmaniose?

A leishmaniose é uma doença infecciosa causada por um parasita do gênero Leishmania. Ela não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa, mas sim pela picada de um inseto infectado conhecido popularmente como mosquito-palha, birigui ou asa-branca.

Existem dois tipos principais da doença:

  • Leishmaniose Tegumentar: É a forma mais comum e afeta a pele e as mucosas (boca, nariz e garganta). Os principais sintomas são o aparecimento de feridas que podem ter bordas elevadas e um fundo granuloso. Se não tratadas, essas lesões podem deixar cicatrizes e causar deformações.
  • Leishmaniose Visceral: Também conhecida como calazar, é uma forma mais grave da doença, pois afeta órgãos internos como o baço, o fígado e a medula óssea. Os sintomas incluem febre prolongada, perda de peso, fraqueza, aumento do fígado e do baço, anemia e sangramentos. Se não tratada, a leishmaniose visceral pode ser fatal.

A leishmaniose é considerada uma zoonose, o que significa que é uma doença de animais que pode ser transmitida aos humanos. Em áreas urbanas, o principal reservatório do parasita é o cão. O mosquito-palha pica um cão infectado e, ao picar uma pessoa, pode transmitir a doença.

 

Fonte: Cidades na net

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