—EM ALTA—

Bolsonaro deixa PF e é internado para realizar cirurgia

O ex-presidente Jair Bolsonaro deixou na manhã desta quarta-feira (24) a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, e foi encaminhado ao hospital DF Star para internação e realização de exames pré-operatórios. Bolsonaro será submetido a uma cirurgia de correção de hérnia inguinal bilateral prevista para amanhã (25). A saída marca a primeira vez que Bolsonaro deixa a custódia policial desde que foi preso, em novembro.
O deslocamento ocorreu por volta das 9h30, sob escolta discreta, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Durante todo o período de internação, antes e depois da cirurgia, Bolsonaro permanecerá sob custódia da PF, com vigilância permanente. Agentes ficarão posicionados na porta do quarto, além de equipes distribuídas nas áreas interna e externa do hospital.
Por decisão judicial de Alexandre de Moraes, está proibido o uso de celulares e de outros aparelhos eletrônicos no quarto, exceto equipamentos médicos. A fiscalização ficará a cargo da PF. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi autorizada a acompanhar a internação e o procedimento cirúrgico. A defesa pediu que os filhos de Bolsonaro acompanhassem o pai, mas o pedido foi negado por Moraes.
A perícia concluiu que Bolsonaro precisa passar pela cirurgia “o mais breve possível”, mas apontou que o procedimento seria “eletivo”, ou seja, sem caráter de urgência. Além da correção das hérnias na região da virilha, a cirurgia também buscará tratar um quadro persistente de soluços. De acordo com laudo da PF, Bolsonaro apresenta crises que podem chegar a até 40 episódios por minuto. A expectativa da equipe médica é de que o ex-presidente permaneça internado por cerca de uma semana após o procedimento.

Em nota divulgada no domingo (21), os médicos responsáveis informaram que exames indicaram a projeção de parte do intestino para fora da parede abdominal durante a manobra de Valsalva, o que torna necessária a realização de herniorrafia inguinal bilateral. O comunicado, assinado pelo cirurgião-geral Cláudio Birolini e pelo cardiologista Leandro Echenique, também menciona a possibilidade de bloqueio anestésico do nervo frênico para tentar controlar os soluços persistentes.
Bolsonaro está preso desde 22 de novembro na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão, imposta pelo STF por supostos crimes contra o Estado. A autorização para a cirurgia de Bolsonaro havia sido concedida por Moraes na sexta-feira (19), restando apenas a definição das datas, formalizada pela defesa nos últimos dias.

Fonte: Gazeta do Povo.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo